
Um dos recém-chegados ao México é o padre Luis Jiménez, missionário da Consolata de origem espanhola. Ele é o atual pároco da Paróquia Divino Niño Jesús, em Tuxtla Gutiérrez, Chiapas.
Por Luiz Jiménez*
Quando tinha 16 anos, comecei a sentir a vocação missionária e senti que essa vocação era um privilégio que eu não merecia receber. Com o passar do tempo e terminando os meus estudos e formação missionária, meu primeiro trabalho foi a Tanzânia.
Também quando cheguei à Tanzânia, senti que compartilhar minha vida com os tanzanianos era um privilégio e me senti assim, até o fim, depois de 20 anos de dedicação missionária.

Quando foi pedido para ir ao México, eu era o delegado das missões em Málaga. Isto foi inacreditável. Nunca havia pensado que Deus poderia me conceder esse outro grande privilégio: compartilhar minha vida e minha fé com nossos irmãos mexicanos.
Estou no México no meu primeiro ano e agradeço enormemente ao bom Deus por me dar força e saúde aos 71 anos de idade para ser um missionário Ad Gentes neste país abençoado que me recebeu com tanto carinho.
Os mexicanos estão me transmitindo uma profunda fé e religiosidade que transformam minha vida. O amor e o respeito por tudo que é religioso, suas tradições, peregrinações e sentimentos religiosos são para mim um despertar que na Espanha estávamos perdendo pouco a pouco.
Mas o cristão mexicano não apenas tem expressões de religiosidade, sentimento de proximidade. A ajuda aos mais necessitados e distantes está enraizada no espírito do homem e da mulher mexicanos. A primeira vez que fomos ao grande hospital provincial para distribuir jantares e café à noite às dezenas de pessoas que dormiam o máximo que podiam na rua e os parentes de pacientes hospitalizados, senti uma grande emoção e notei que o cristianismo estava correndo em nossas veias. É a experiência da missão olhando para Deus, mas sem parar de olhar para esta humanidade tão carente de afeto.

Meu tempo aqui é curto e espero que Deus me permita continuar crescendo por muito tempo em minha fé e em minha vocação missionária junto a esse povo simples e maravilhoso. Continuo a sentir o privilégio de uma vocação missionária e chamo os jovens a serem seduzidos como o profeta Jeremias.
*Pe. Luis Jiménez, imc, é missionário em Chiapas, México.