“Trabalho em São Paulo, na região do Ipiranga, onde temos o nosso Seminário Teológico Internacional com jovens seminaristas de oito nacionalidades que estudam teologia para se prepararem para partir em missão como missionários”, explica o padre Mauricio Guevara, missionário da Consolata da Argentina e reitor do Seminário Padre João Batista Bisio.
Por Jaime C. Patias *
Em sua história, o seminário teológico no Brasil já funcionou no Jardim São Bento, na Casa Regional, e depois no bairro Pedra Branca e na paróquia do Jardim Peri, ao norte da cidade de São Paulo. Em 1987, esta etapa de formação no Brasil foi interrompida e só reabriu em 1997 na sua sede atual.
Este ano, a comunidade formativa é composta por 2 padres e 17 estudantes (2 estão em Curitiba e 2 na Casa Regional). “Um dos desafios vem da realidade urbana de periferia, uma vez que o Seminário faz fronteira com a comunidade do Boqueirão. São os nossos vizinhos com quem partilhamos o nosso quotidiano, mesmo em situações de extrema dificuldade e necessidade. O importante desta casa é que ela é o lugar onde os jovens missionários se preparam para enfrentar os grandes desafios da missão em que depois serão enviados para trabalhar em qualquer parte dos quatro continentes do mundo onde trabalhamos”, ressalta padre Maurício.
Formação permanente
Quanto ao curso de formação permanente que frequentou em setembro passado, o padre Maurício salienta que os 14 formadores do Instituto, provenientes de diferentes partes do mundo, se reuniram em Roma, “para se actualizarem sobre os grandes desafios da sociedade e da cultura. Por exemplo, há a questão da tecnologia, da inteligência artificial, tudo o que tem a ver com estas mudanças, incluindo as novas gerações; por isso, nos confrontamos e dialogámos, entre outros, sobre o individualismo e o materialismo que o mundo global está vivendo. O curso foi muito bom porque assim podemos também acompanhar os nossos jovens de uma forma mais inculturada e estar mais inseridos nesta realidade”.
Depois do Noviciado em Martin Coronado (2000), na Argentina, o padre Maurício estudou teologia no então Seminário Internacional de Kinshasa (2000-2005), na República Democrática do Congo, onde foi ordenado diácono e exerceu este ministério. Foi ordenado padre na Argentina (2005) e foi trabar na Animação Missionária e Vocacional em Portugal, depois foi Superior Regional na Argentina durante seis anos, acompanhando a vida e a missão de muitos confrades. Segundo ele, a beleza do curso que fez em Roma é que concebeu a formação “não como uma etapa que dura cinco ou dez anos na vida. A formação começa a partir do momento em que batemos às portas do Instituto e decidimos entrar nesta vida. Esta é a grande novidade. Antigamente, falava-se de uma formação inicial que durava dez anos. Agora já não. Entra-se na congregação e sabe-se que a formação é para toda a vida, enquanto formos missionários, nos formamos”, reitera.
São José Allamano
O formador concluiu expressando a sua grande alegria por ver o nosso Fundador, José Allamano ser proclamado santo para toda a Igreja. “Estar aqui em Roma e também na terra do Fundador é uma grande alegria e ao mesmo tempo uma grande motivação vocacional, olhando para este homem que nos deixou um grande legado e uma grande missão de levar a Consolação de Maria a todo o mundo”.
* Padre Jaime C. Patias, IMC, Secretariado de Comunicação
