
Hoje, domingo, 02 de novembro, recordamos nossos entes queridos que já partiram, (familiares, amigos, conhecidos, esquecidos…) trazendo à memória seus nomes e rostos. Agradecemos a Deus por terem feito parte da nossa vida e valorizamos o seu legado. Uma pessoa morre quando a última a lembrar dela a esquece.
Por Jaime C. Parias *
Com saudades, visitamos seus túmulos, depomos flores, acendemos uma vela e fazemos uma oração, elo de comunhão com Deus e com eles e elas que agora intercedem por nós. Honrar os falecidos mantém vivo seus ensinamentos, seus gestos de amor. Sua memória se torna luz que ilumina nosso caminho e nos liga ao passado como parte de nós.
Indignados com a violência, as guerras, os massacres… refletimos sobre o mistério da vida e da morte e sobre a nossa missão de peregrinos neste mundo passageiro. A nossa vida pertence a Deus: dele viemos, por Ele subsistimos e a Ele regressamos. Assim, com essa fé e esperança enfrentamos a dor, o sofrimento e a morte com coragem e dignidade. Reafirmamos o valor inalienável da vida!
Jesus afirmou à sua amiga Marta que chorava a morte do irmão Lázaro: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais. Crês isto?” (Jo 11, 25-26). O cristão ilumina o mistério da morte com a luz de Cristo Ressuscitado. Acreditamos firmemente que, da mesma forma como ressuscitou Jesus, Deus também nos ressuscitará. “Porque a vontade de meu Pai é que todo aquele que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6, 40).
Ontem (01/11) fizemos uma visita e rezamos no Cemitério Monumental Verano onde estão sepultados alguns dos nossos missionários em Roma. Era a festa de Todos os Santos que nos fez contemplar “a cidade do céu, a Jerusalém celeste, nossa mãe”, morada dos que nos precederam e dormem o sono da paz.
Esta manhã, celebrei missa na comunidade das Irmãs de São Pedro Claver bem ao lado da Basílica Santa Maria Maior em Roma onde está sepultado o Papa Francisco. Durante a Eucaristia rezamos para que cresça a nossa fé em Jesus ressuscitado e reforce a esperança de que os fiéis defuntos ressuscitem. Orar pelos falecidos é uma maneira de ajudá-los a alcançar a plenitude da vida eterna e, ao mesmo tempo, fortalecer nossa própria esperança na ressurreição. “A esperança não decepciona” (Rom 5,5).
Dai-lhes Senhor o descanso eterno. E que a luz perpétua os ilumine. Descansem em paz. Amém
* Padre Jaime C. Patias, IMC, Secretariado para a comunicação

