Povos Indígenas e Organizações promovem um Plano para salvar a Amazônia

1 de março de 2021
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Os povos amazônicos, organizações sociais, femininas, ambientais, culturais, religiosas e defensoras dos direitos humanos e dos direitos da natureza, se auto-convocaram no evento virtual: “O Grito da Selva, Vozes da Amazônia”, realizado no dia 26 de fevereiro e 27 de 2021, no âmbito da Assembleia Mundial para a Amazônia, convidamos você a compartilhar, aderir e fortalecer o Plano de Vida para salvar a Amazônia.

O Plano de Vida para deter a escalada de pandemias que levam a Amazônia e o mundo ao colapso (documento completo) estabelece cinco eixos de ação imediata:

  • Solidariedade e ação urgente para enfrentar a emergência sanitária da Covid 19 na Amazônia.
  • Parar o ponto de não retorno para a Amazônia
  • Fazer justiça climática e ambiental
  • Promover o autogoverno dos territórios e uma governança inclusiva.
  • Promover a mobilização do planeta para salvar a Amazônia

Estas são, de maneira geral, os diversos problemas que afetam nas últimas décadas este bioma com mais de 8 milhões de km2, e que hoje vive uma escalada de crises que estão levando ao colapso:

  • A sanitária que se reforça com a segunda onda da Covid-19, que deu origem a outra variante na cidade de Manaus, Brasil, e já provocou mais de 50.000 mortes em toda a Pan Amazônia.
  • A do extrativismo dos setores mineiros, agro empresariais, energéticos e de mega infraestruturas.
  • A das crises climáticas que agrava as inundações, secas, incêndios e doenças em nossos territórios.
  • A dos racismos, a discriminação e a colonialidade moderna contra os povos indígenas, os afrodescendentes, as populações humildes e a própria natureza.
  • A do autoritarismo, que aprofunda a criminalização e assassinato dos líderes que defendem seus territórios
  • A do patriarcado que, junto ao capitalismo, e racismo e a lesbofobia, estruturam as desigualdades em nossa sociedade que se agravam durante a pandemia, evidenciando um número maior de mulheres desaparecidas e altos índices de feminicídios, desatenção aos serviços de saúde que permanecem impunes frente a intolerância e indolência de órgãos estatais.
  • A das crises dos sistemas políticos que contribuem a proliferação de governos corruptos, aferrados ao poder, que socavam a democracia e são incompetentes para dar resposta às múltiplas crises.
O ÚLTIMO HOMEM DO POVO JUMA MORRE E O LÍDER INDÍGENA SINCHI ROCA É ASSASSINADO

No final dos dois dias de trabalho do seminário virtual “O grito da selva, Vozes da Amazônia”, Gregorio Díaz Mirabal, coordenador geral da COICA, fez uma declaração final na qual denunciou a morte do último homem do povo indígena Juma no Brasil, devido à Covid-19; assim como o assassinato do líder indígena Herasmo García Grau, membro da comunidade Sinchi Roca, presumivelmente às mãos de traficantes de drogas.

PARA INFORMAÇÕES ADICIONAIS E ENTREVISTAS:

Nadino Calapucha (comunicacioncoica@gmail.com, +593 988551091) e Raul Estrada (raulestradagonzalez@gmail.com, +52 1 55 8019 6422).

OS VÍDEOS COMPLETOS DO EVENTO VIRTUAL “EL GRITO DE LA SELVA/VOCES DE LA AMAZONIA” ESTÃO DISPONÍVEIS NOS LINKS A SEGUIR:

26 de fevereiro (sexta-feira): https://www.facebook.com/107423171032485/videos/698410274189504

27 de fevereiro (sábado) https://www.facebook.com/107423171032485/videos/507608113567748

Fonte: Rede Eclesial Pan-Amazônica – REPAM

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