Missionários da Consolata, 100 anos de missão em Moçambique

A missa foi presidida por Dom Inácio Saure, IMC, e concelebrada por Dom Osório Citora Afonso, IMC, e diversos padres. Fotos: Andrew Kasumba

Uma missa na paroquia Nossa Senhora da Assunção no bairro da Liberdade (Matola), região metropolitana de Maputo, este domingo, 26 de maio de 2024, abriu oficialmente as celebrações do Centenário da presença dos Missionários da Consolata em terras moçambicanas.

Por Andrew Kasumba *

Vale recordar que os Missionários da Consolata chegaram em Moçambique na província de Tete, no dia 15 de abril de 1925.

A missa, na Solenidade da Santíssima Trindade foi presidida pelo arcebispo da arquidiocese de Nampula e Presidente da Conferência Episcopal de Moçambique, dom Inácio Saure, IMC, e concelebrou bispo auxiliar da arquidiocese de Maputo, dom Osório Citora Afonso, IMC, que fez a homilia. O mais novo bispo da Consolata, destacou o mandato de Jesus: “Ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 19).

Ao falar da SS. Trindade, o bispo recordou que “Deus é família (Pai, Filho e Espírito Santo), e é também comunidade”. Portanto, “a celebração do Centenário de presença do Instituto no país deve nos ajudar a concretizar o fato de que a missão é comunhão”.

Concelebraram também, quase todos padres da Consolata que trabalham em Moçambique e Angola e que, ao longo da semana, dias 20 a 25 de maio, participaram da X Conferência Regional. Estava presente ainda, um grupo de Irmãs Missionárias da Consolata, bem como outras religiosas e religiosos, os seminaristas do Seminário filosófico e do propedêutico da Matola e uma grande número de paroquianos.

Missionários da Consolata presentes na celebração
Mensagens e agradecimentos

Antes da bênção final, houve espaço para algumas mensagens. A animadora da paróquia agradeceu os Missionários da Consolata pela evangelização em Moçambique e pelo impacto socioeconômico nas comunidades onde se fazem presentes com seus projetos.

A representante do presidente do Município de Matola, pediu aos missionários para continuar com entusiasmo a evangelizar não só Moçambique, mas a todo mundo.

O vice Superior Geral, padre Michelangelo Piovano, em seu turno, agradeceu todos os presentes por terem “acolhido os Missionários e Missionárias da Consolata nesta terra gloriosa e fez votos que este Centenário renove a consolação em todo território moçambicano”.

Padre Pedro Elias Sisto, Superior Regional, enfatizou que “o Jubileu é uma ocasião para agradecer a Deus e renovar a nossa fé”. Todos juntos, “com a imagem peregrina de Nossa Senhora Consolata (que durante o ano visitará todas as presenças), consolemos a todos. O jubileu não é somente dos missionários, mas é de todos e para todos”, disse para Sisto.

A celebração foi animada pelo coral da paróquia com cantos em português e em outras línguas locais.

Depois da benção final, seguiu-se o momento da confraternização, corte de bolo centenário e a recreação.

Programação do centenário

O evento foi preparado nos diversos encontros zonais quando foi escolhido um lema para as celebrações: “Missionários da Consolata, 100 anos de missão em Moçambique”.

Foi decidido que a imagem de Nossa Senhora Consolata, que está em Massangulo, no Niassa, fará uma peregrinação nos lugares onde os missionários trabalham com o seguinte calendário:

Nos meses de junho a setembro 2024, a imagem visitará a zona de Tete; nos meses de outubro e novembro será a vez de Maputo; durante os meses de dezembro 2024, janeiro e fevereiro 2025, a Consolata visitará Inhambane; e por fim, de março a junho peregrinará pelo Norte no Niassa.

O encerramento será feito com uma peregrinação e celebração na Festa da Consolata, dia 20 de junho de 2025, no Santuário de Massangulo, na diocese de Lichinga onde é conservada uma das primeiras imagens da Consolata que chegaram em Moçambique.

Além das capulanas (panos típicos da cultura local) e das camisetas alusivas, foram preparados também, um guião com orações, reflexões e cantos que poderá ser usado na peregrinação.

Várias paroquias e o Seminário compuseram o Hino do Centenário onde ama das estrofes diz assim: “100 anos passaram ao serviço da Igreja, 100 anos passaram ao serviço dos irmãos, 100 anos passaram evangelizando. É jubileu! Rejubile Moçambique, terra fecunda, ao som de tambores e de trombetas. Arda sempre a chama do Evangelho. É jubileu!”.

Este Centenário, que coincide com o Grande Jubileu 2025 convocado pelo Papa Francisco para toda a Igreja, é uma bela ocasião para celebrar, fazer memória, agradecer e renovar o compromisso de proclamar a Boa Nova do Evangelho de Jesus.

* Padre Andrew Kasumba, IMC, missionário em Moçambique.

Depois da celebração seguiu-se o momento da confraternização e recreação.
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