
Trabalho com as paróquias, imigrantes, jovens e serviço social são os pilares do trabalho missionário no país.
Por Gilberto da Silva*
Quando se fala na missão de Taiwan pode vir à mente muitas dúvidas sobre a real perspectiva da missão do Instituto Consolata em terras taiwanesas. A primeira perspectiva é o trabalho com as paróquias. A comunidade tem a responsabilidade de animar e liderar uma delas no centro da cidade de Hsinchu; se trata de uma paróquia com poucos participantes, mas ao mesmo tempo tem trabalho suficiente para dois padres em tempo integral; embora pequena, o trabalho é igual ao de uma grande. Na diocese o que não faltam são paróquias para serem cuidadas e animadas.
A segunda perspectiva da missão é o trabalho com os imigrantes, pois em todas as cidades eles são visíveis pelo grande número que representam dentro da sociedade taiwanesa, sejam estudantes ou trabalhadores que vêm de outros países para viver neste país que tem mostrado interesse em acolhê-los. Neste serviço, a Consolata já vem colaborando com a diocese desde quando chegou, posto que os missionários têm a responsabilidade das missas em espanhol, inglês e um deles está em tempo integral trabalhando na pastoral do imigrante.
A terceira perspectiva é o trabalho com os jovens; a Igreja de Taiwan tem uma grande carência de jovens, pois quase não há participação ativa da juventude na vida eclesial. As causas dessa ausência são várias: eles estão nas universidades e não encontram tempo para ir à igreja, as famílias católicas têm poucos filhos, os jovens não gostam da Igreja e não encontram espaço dentro das comunidades católicas; o certo é que não há uma força jovem na vida eclesial e isto é uma situação preocupante quando se pensa no futuro da Igreja taiwanesa; preocupa também quando se fala a respeito das vocações religiosas, sacerdotais e missionárias, posto que sem jovens não há vocação.
E a quarta perspectiva da missão é o serviço social, posto que não há diocese que não tenha dezenas de obras sociais para servir aos mais necessitados e diante desta realidade, a Consolata também é chamada a colaborar nesta missão. Portanto a Consolata em Taiwan tem estas e muitas outras perspectivas de missão para o futuro. A messe é grande, mas são poucos os trabalhadores.
*Gilberto da Silva, imc, é missionário em Taiwan.