Domingo do Bom Pastor e Dia Mundial de Oração pelas Vocações

A Igreja celebra neste 4º Domingo da Páscoa, o Domingo do Bom Pastor e o Dia Mundial de Oração pelas Vocações Presbiterais e Religiosas. Para a ocasião, o Papa Francisco publicou uma Mensagem com o título “São José: o sonho da vocação”

Por Redação

“Deus vê o coração (cf. 1 Sam 16, 7) e, em São José, reconheceu um coração de pai, capaz de dar e gerar vida no dia a dia. É isto mesmo que as vocações tendem a fazer: gerar e regenerar vidas todos os dias”, afirma o Papa Francisco em sua mensagem. “O Senhor deseja moldar corações de pais, corações de mães: corações abertos, capazes de grandes ímpetos, generosos na doação, compassivos para consolar as angústias e firmes para fortalecer as esperanças”, acrescenta o Papa para em seguida sugerir três palavras-chave para a vocação de cada um: sonho, serviço e fidelidade.

Sonho, serviço e fidelidade

Francisco recorda que São José, guardião das vocações, “através dos sonhos que Deus lhe inspirou, fez da sua existência um dom”.

“Na realidade, os sonhos introduziram José em aventuras que nunca teria imaginado. O primeiro perturbou o seu noivado, mas tornou-o pai do Messias; o segundo fê-lo fugir para o Egito, mas salvou a vida da sua família. Depois do terceiro, que ordenava o regresso à pátria, vem o quarto que o levou a mudar os planos, fazendo-o seguir para Nazaré, onde precisamente Jesus havia de começar o anúncio do Reino de Deus. Por conseguinte, em todos estes transtornos, revelou-se vitoriosa a coragem de seguir a vontade de Deus. Assim acontece na vocação: a chamada divina impele sempre a sair, a dar-se, a ir mais além”.

Foto: Vatican News

Sobre o serviço, a mensagem destaca que São José “viveu em tudo para os outros e nunca para si mesmo” (…) Contudo, o seu serviço e os seus sacrifícios só foram possíveis, porque sustentados por um amor maior: «Toda a verdadeira vocação nasce do dom de si mesmo, que é a maturação do simples sacrifício. Mesmo no sacerdócio e na vida consagrada, requer-se este gênero de maturidade. Quando uma vocação matrimonial, celibatária ou virginal não chega à maturação do dom de si mesmo, detendo-se apenas na lógica do sacrifício, então, em vez de significar a beleza e a alegria do amor, corre o risco de exprimir infelicidade, tristeza e frustração».

Sobre a fidelidade, o Papa Francisco recorda que José é o «homem justo» (Mt 1, 19) que, “no trabalho silencioso de cada dia, persevera na adesão a Deus e aos seus desígnios. Num momento particularmente difícil, detém-se «a pensar» em tudo (cf. Mt 1, 20). Medita, pondera: não se deixa dominar pela pressa, não cede à tentação de tomar decisões precipitadas, não segue o instinto nem se cinge àquele instante. Tudo repassa com paciência” (…) “A vocação, como a vida, só amadurece através da fidelidade de cada dia”, destaca a mensagem.

Esta fidelidade é o segredo da alegria. “É a alegria que vos desejo a vós, irmãos e irmãs que generosamente fizestes de Deus o sonho da vida, para O servir nos irmãos e irmãs que vos estão confiados, através duma fidelidade que em si mesma já é testemunho, numa época marcada por escolhas passageiras e emoções que desaparecem sem gerar a alegria. São José, guardião das vocações, vos acompanhe com coração de pai!”, conclui o Papa Francisco.  

Leia a mensagem do Papa Francisco para o 58º Dia Mundial de Oração pelas Vocações
Conteúdo Relacionado