
Novo livro do bispo de Tete, Dom Diamantino Antunes, IMC, dá a conhecer as obras da Igreja Católica em Moçambique que “prestam um serviço de qualidade à população”.
Por Juliana Batista *
Ao longo dos séculos, a Igreja Católica criou, em Moçambique, uma sólida estrutura religiosa, com a instituição de dioceses, paróquias, missões, igrejas, capelas, escolas, colégios, seminários, centros pastorais, hospitais, enfermarias, maternidades e dispensários, onde centenas de missionários e missionárias, e dezenas de congregações religiosas e do clero secular cumpriram a missão de proteger, cuidar, promover e evangelizar os Moçambicanos. Trata-se de um vastíssimo conjunto de obras e iniciativas que acompanharam a evangelização daquele país, verdadeiros eixos programáticos estruturantes da ação desenvolvida pela Igreja Católica.

O bispo de Tete, Dom Diamantino Antunes, missionário da Consolata de 58 anos, natural de Leiria, Portugal, no passado mês de fevereiro publicou um Dicionário Global da História da Igreja Católica em Moçambique. O livro dá a conhecer as obras criadas pela Igreja Católica com o propósito de evangelizar, cuidar e educar. Este Dicionário abrange o período histórico iniciado com a celebração da primeira missa em Moçambique, em 1498, até aos dias de hoje, percorrendo assim mais de cinco séculos de evangelização, ao longo das suas 674 páginas.
A informação reunida distribui-se por mais de 800 verbetes, ordenados alfabeticamente, relativos às instituições da Igreja Católica: dioceses, missões, paróquias, congregações/institutos missionários, monumentos históricos (igrejas, capelas, etc.), seminários, movimentos e associações laicais, escolas, colégios, obras de promoção humana e de apostolado, imprensa, entre outros.
Nesta nova obra, o autor que está em missão em Moçambique há 26 anos, dá a conhecer a “ação evangelizadora e de promoção humana realizada pela Igreja Católica em Moçambique em mais de 500 anos de história”, conforme declarações à Fátima Missionária e ao 7MARGENS de Portugual.
Através do livro, os leitores “poderão conhecer um imenso trabalho de evangelização e promoção humana visível em inúmeras obras e instituições eclesiais, que ajudaram e ajudam na difusão das luzes da instrução, restituem a saúde aos enfermos e promovem o desenvolvimento e a paz”, referiu o missionário, destacando que o “contributo” da Igreja em Moçambique é vasto.
“Ainda hoje são inúmeras as escolas, instituições de solidariedade social que estão sob a responsabilidade das dioceses e das paróquias e que prestam um serviço de qualidade à população, independentemente da sua pertença religiosa ou política.”
O livro pretende ser também “uma homenagem merecida aos protagonistas da evangelização – bispos, padres, irmãos leigos, irmãs e catequistas de todas as nacionalidades – que deram tudo o que tinham e sabiam para o bem do povo moçambicano”.
As 674 páginas incluem o prefácio de José Eduardo Franco, diretor do Centro de Estudos Globais da Universidade Aberta de Lisboa. Segundo Diamantino Antunes, além deste livro “estão previstos mais outros dois volumes complementares” – “um conterá a biografia dos missionários e missionárias que trabalharam em Moçambique e o último volume será uma história geral da Igreja Católica em Moçambique”.
* Juliana Batista é jornalista. Fonte: www.fatimamissionaria.pt