
Missionário da Consolata faz parte de Comissão para a Reconciliação na Península Coreana.
Por Han KyoungHo *
Na Conferência dos Bispos Católicos da Coreia do Sul existem várias comissões e dentre elas, uma que não é encontrada nas Conferências Episcopais de outros países. É a Comissão Nacional da Conferência Episcopal dos Bispos Coreanos para a Reconciliação.
Presente em todas as dioceses da Coreia do Sul, essa Comissão tem como objetivo a reunificação pacífica da Península Coreana, que está dividida em ideologias e sistemas desde a Guerra da Coreia, em 25 de junho de 1950. Já se passaram 68 anos desde o fim desta Guerra e vive-se um ‘estado de cessar-fogo’, porque ela ainda não acabou. As cicatrizes da divisão ainda são uma grande dor para ambas as Coreias.
A Comissão Nacional para a Reconciliação foi instituída em 1982. O nome original era ‘Ministério Missionário para a Coreia do Norte’. Em 1984, no início do bicentenário do estabelecimento da Igreja Católica na Coreia, o nome foi mudado para ‘Comissão de Missão para a Coreia do Norte’. Desde 1999 é oficialmente conhecida como ‘Comissão Nacional da Conferência Episcopal dos Bispos Coreanos para a Reconciliação’.
Por muito tempo, esta Comissão continuou seu movimento de oração e também de ajuda humanitária. Em 2019, a Conferência Episcopal decidiu realizar um momento diário de oração pela paz. Isto é feito às 21h, quando todos os cristãos param para rezar o Pai Nosso, a Ave Maria e o Glória. Congregações religiosas e sociedades na Coreia do Sul também realizam esse momento de oração e ajuda humanitária. No entanto, cada um o faz por si só, como um apostolado particular.
Em 2015, as congregações e sociedades religiosas masculinas coreanas também estabeleceram a Comissão Nacional para a Reconciliação.

Quando eu retornei do Brasil onde trabalhei por 5 anos, refleti sobre qual seria a atividade pastoral mais urgente dos missionários da Consolata na Coreia. Naquele momento, ao encontrar-me com os padres religiosos que trabalhavam pela paz resolvi juntar-me à “Comissão Nacional para a Reconciliação das Congregações Religiosas Masculinas”. Há cinco anos, um total de oito congregações religiosas masculinas participam desta Comissão.
Cada terceira segunda-feira do mês é dedicada às atividades e encontros, bem como à celebração Eucarística. Os membros da Comissão visitam os centros que hospedam aqueles que fugiram da Coreia do Norte para celebrar missas e realizar outras atividades em conjunto.
Histórico
Os Missionários da Consolata chegaram na Coreia do Sul em 1988 e hoje atuam no país, 10 padres com presenças nas dioceses de Incheon, Ui-jong-bu e Daejeon.
O trabalho do IMC na Coreia do Sul é caracterizado pelo diálogo com a cultura oriental, com as grandes religiões e a evangelização entre os mais pobres. Na Ásia, a Congregação está presente também, na Mongólia juntamente com as Missionárias da Consolata desde 2003 e no Taiwan desde 2016.
Rezemos todos pela paz na Península Coreana.
* Han KyoungHo, imc, é missionário na Coreia do Sul. Publicado no site www.revistamissoes.org.br