As palavras de Jesus à Igreja na Mongólia

4 de julho de 2021

“O Reino dos céus pode ser comparado a um grão de mostarda que, quando é semeado no chão é a menor de todas as sementes, mas, uma vez cultivada, é maior das outras plantas no jardim e se torna uma árvore” (Mc 4, 31).

Por James Mate *

A Mongólia é considerada uma das missões mais desafiantes dos Missionários e Missionárias da Consolata no mundo. O clima é rigoroso, a cultura é rica, mas hermética e o crescimento da Igreja é lento.

Alguns missionários deixaram o país porque não viam razões para uma missão nestas terras e alguns dos nativos que não entendem, se perguntam o que exatamente estamos tentando fazer. Mas, espere um momento! Se refletirmos um pouco e examinarmos cuidadosamente a existência da Igreja na Mongólia, perceberemos que Jesus, na parábola do grão de mostarda, estava se dirigindo diretamente a esta comunidade eclesial! (Mc 4, 26-34).

Há 29 anos, os Missionários do Imaculado Coração de Maria chegaram na Mongólia e com pequenos gestos começaram a semear as sementes da fé cristã (o grão de mostarda). Cerca de 10 anos depois, em 2003, chegaram os Missionários e as Missionárias da Consolata. Mais tarde, e em momentos diferentes, chegaram também outras congregações. Depois de um trabalho árduo agora a Igreja na Mongólia conta com um sacerdote diocesano, um diácono, cerca de 1.200 fiéis em 10 paróquias, vários projetos sociais incluindo escolas e cerca de 55 missionários e missionárias que servem a Igreja local.

Dom Giorgio Marengo, IMC, Prefeito Apostólico de Ulaanbaatar visita monges por ocasião da Festa do Nascimento de Buda. O diálogo religioso é uma das atividades realizadas pela Igreja na Mongólia.

Jesus então, não falou em parábolas para entreter as pessoas, mas passou uma mensagem muito concreta. Na Mongólia estamos vivendo a parábola da semente de mostarda. Aqui, o Reino de Deus está crescendo, lentamente, mas está crescendo, vários ramos e folhas floresceram, alguns frutos já podem ser vistos, um sinal de vida e esperança no futuro.

A Igreja está empenhada na missão de promover o projeto do Reino de Deus no mundo, mas esta missão é obra do próprio Deus, nós somos apenas seus colaboradores. Quem sabe, se antes do final deste século a Igreja crescer com várias dioceses e padres locais, nós teremos feito a nossa parte, Deus faz a dele. Na verdade, este versículo do Evangelho se torna uma mensagem de encorajamento aos fiéis na Mongólia e um convite aos missionários e missionárias que trabalham nesta terra para perseverar e serem pacientes, porque o tempo de Deus nem sempre é o tempo dos homens. Os desafios da missão devem nos inspirar a ter grande coragem.

* Padre James Mate, IMC, missionário da Consolata queniano, trabalha na Mongólia e recentemente chegou na missão de Arvaikheer após 2 anos de estudos da língua e cultural na capital Ulaanbaatar.

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