A Igreja Católica na Guiné Bissau

17 de junho de 2021
Missa em Guiné Bissau – Foto: Arquivo Missionárias da Consolata

A evangelização católica foi renovada, depois do massacre escravagista colonial praticado selvagemente entre os séculos XV até XIX, por novos missionários que chegam a partir do ano 1933.

Por Fernando Altemeyer *

A superfície de Guiné Bissau é de 36.125 quilômetros quadrados, fazendo fronteiras com Senegal e Guinea. No país se fala francês, português e crioulo. A capital é Bissau com 388.028 habitantes. Um terço do território nacional é composto de ilhas do arquipélago Bijagos.

Guiné Bissau tem uma taxa de fecundidade de 4,75 filhos por mulher, uma esperança de vida de 48,8 anos e uma população urbana de 35%. A diversidade étnica é marcante, representada pelos povos: balantas, fulas, manjacas, metingas e papels.

Mapa de Guiné Bissau – Foto: cheveuxcrepusfrun

Atualmente são 2.100.000 habitantes, dos quais 268.800 católicos, ou seja, 12,8% da população, segundo as estatísticas publicadas pela Santa Sé.

Dados Eclesiais

Há duas circunscrições eclesiásticas no país. O episcopado conta com três bispos: um núncio apostólico, um bispo diocesano e um auxiliar. 

A organização pastoral se faz por meio de 35 paróquias, 68 centros de atendimento pastoral. Ministros do povo de Deus: 98 sacerdotes (26 padres do clero secular e 72 padres do clero religioso), dois diáconos permanentes, 92 irmãos, 16 missionários leigos, 32 seminaristas maiores, 146 religiosas consagradas, 1.150 catequistas.

Os muçulmanos são 46,1%, crenças tradicionais 30,6%, protestantes 6% e sem religião 4,4%.

Curiosidades

A evangelização católica foi renovada, depois do massacre escravagista colonial praticado selvagemente entre os séculos XV até XIX, por novos missionários que chegam a partir do ano 1933.

Reunião de mulheres em Guiné Bissau – Foto: Arquivo Missionárias da Consolata

O papa São João Paulo II visitou o país em janeiro de 1990. Atuou por anos nesse país africano o bispo missionário brasileiro Pedro Carlos Zilli, P.I.M.E., falecido em 31 de março de 2021 por COVID19. 

Vacantes: Diocese de Bafatá e de Bissau.

Nenhum cardeal criado para Guiné-Bissau.

Nenhum bispo no evento do Concílio Vaticano I de 08/12/1869 a 20/10/1870.

Bispo participante ao Concílio Vaticano II de 1962 a 1965:

Mons. João Ferreira, O.F.M. †, Prefeito de Guiné-Bissau.

Presença das Missionárias da Consolata

Em 1992 o Instituto das Irmãs Missionárias da Consolata teve a alegria de abrir uma nova missão ou presença na África ocidental e precisamente na Guiné Bissau. No dia 29 de fevereiro do mesmo ano chegaram a Bissau as primeiras 4 missionarias da Consolata: Ir Emma Casali, italiana, Ir Ana Paula Foletto e Ir Ortência Antunes da Silva, brasileiras e Ir. Adriana Medina Medina, Colombiana.

No dia 09 de Agosto durante uma solene celebrarão o Bispo da Diocese D. Settimio Ferrazzeta apresenta oficialmente ao povo as quatro Missionárias da Consolata. Todo povo inclusive a comunidade mulçumana, recebeu-as com amor e grande respeito.

Irmãs Missionárias da Consolata – Foto: Arquivo Missionárias da Consolata

Em 1994 as irmãs assumem algumas atividades na aldeia SOS, onde trabalharam por alguns anos e, atualmente já não estamos mais presentes.

Em 2000 assumem na ilha de Bubaque, uma nova missão, desafiante e encantadora, mas exigindo das irmãs muita coragem e desprendimento para se lançarem no mar com freqüência, enfrentando os perigos das canoas frágeis, para socorrer e visitar o povo carente das diversas ilhas vizinhas no Arquipélago dos Bijagós.

Em 2006 abriu-se uma nova missão em Bôr, Bissau. Espaço de acolhida das irmãs das missões do interior, sede da Delegação e muito trabalho pastoral na paroquia, na evangelização de centenas de jovens, crianças e famílias que todos os dias se apresentam para iniciar o caminho cristão.

Foram várias Missionárias da Consolata que atuaram e atuam nesta terra de missão, provenientes de diferentes países e Continentes: Itália, Portugal, Brasil, Colômbia, Argentina, Moçambique kenya, Tanzânia, Etiópia. Duas delas já passaram para outra vida. Ir. Margarida Benedetti e Ir. Floralda Esteban Palencia.

Com todos os habitantes da Guiné Bissau as Missionárias da Consolata, agora presentes, sonham um futuro melhor para este povo tão sofrido e humilhado onde possa brotar a paz, fruto de uma boa educação, saúde, condição digna de vida.

* Perfil da Igreja Católica da República de Guiné-Bissau. Pesquisa para o Portal da Consolata preparada pelo Prof. Dr. Fernando Altemeyer Junior – Departamento de Ciências Sociais da PUC-SP. fajr@pucsp.br

Fontes da pesquisa: www.vatican.vawww.catholic-hierarchy.orgwww.cardinals.fiu.eduwww.secam.org

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