Por Michelle do Nascimento da Cruz
Na noite de 11 de abril de 2024, teve início o primeiro dia do tríduo em preparação para a celebração do jubileu de platina da Paróquia Nossa Senhora Consolata, da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. O primeiro dia do tríduo contou com a presença dos Missionários da Consolata: Paulo Mzé, Urbanus Mulati, Gilberto Rodrigues e Wilson Mtali, superior regional dos missionários da Consolata no Brasil, pároco de Senhor do Bonfim, em Japeri, e vigários paroquiais, respectivamente.
O primeiro dia do tríduo, que contou com a presença de um grande número de fiéis, incluindo paroquianos e ex-paroquianos, foi dedicado à memória histórica desde os primeiros anos de história. A celebração foi marcada por muita emoção, reencontros e gratidão pelo trabalho dos Missionários da Consolata na paróquia.
Segundo a história, os Missionários da Consolata chegaram ao Estado do Rio de Janeiro na década de 1950 e desde então trabalhavam em algumas paróquias da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. Com o desejo de desenvolver um trabalho de acordo com o carisma, os missionários solicitaram ao Cardeal Dom Jaime de Barros Câmara uma paróquia. A resposta veio em 14 de abril de 1954, quando Dom Jaime de Barros Camara assinou o decreto erigindo a atual Paróquia Nossa Senhora Consolata. Mesmo sem uma sede própria, a paróquia iniciou a construção da atual Igreja paroquial em um terreno que era utilizado como lixeira pública, localizado na Rua São Luiz Gonzaga, 1860.
A história também relata que em 24 de novembro de 1957, Dom Jaime de Barros Câmara abençoou a pedra fundamental da igreja, cuja construção foi concluída em 1960, sendo inaugurada em 23 de junho de 1960.
Após 50 anos de presença e trabalho, o Instituto no Brasil viu a necessidade de reestruturar o trabalho junto às paróquias, inclusive em algumas delas. Surgiu então a necessidade de deixar a comunidade paroquial do Rio de Janeiro para abrir novas frentes de missão.
Em 2008, após 54 anos, os Missionários da Consolata deixaram a paróquia, preservando o zelo missionário entre os paroquianos. Durante os 54 anos de missão, deixaram uma comunidade paroquial composta pela Igreja matriz e sete comunidades, sendo seis delas localizadas em favelas ao redor da Igreja matriz. Após a saída dos Missionários da Consolata, a administração foi assumida pelo clero da Arquidiocese do Rio de Janeiro e, desde 2015, pela congregação religiosa do Sion, sendo o atual pároco o padre Manoel Miranda.
Ao final da celebração do primeiro dia do tríduo, foram apresentadas à comunidade mensagens de felicitações de missionários que trabalharam na paróquia, como os padres Albinno Brás, Claude Morneau, Joseph Waitaka, João Amâncio e Orazio Anselmi.
Como legado dos tempos missionários da Consolata, permanece a devoção a Nossa Senhora Consolata, o grupo de Leigos e Leigas Missionários da Consolata, bem como o ardor missionário.
Atualmente, no Estado do Rio de Janeiro, os Missionários da Consolata estão presentes na Diocese de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na Paróquia Senhor do Bonfim em Japeri, desde 2014, onde o trabalho missionário se caracteriza pela atuação junto aos afro-brasileiros.