Missionários da Consolata na África rumo ao XIV Capítulo Geral

Os missionários da Consolata que trabalham no Continente africano foram desafiados a imitar a atitude das formigas que estão concentradas e sabem como planejar o futuro.

Por Daniel Omondi Mkado

Foi o que afirmou o Superior Geral, Padre Stefano Camerlengo, ao fazer as suas observações na abertura dos trabalhos da Assembleia Continental Pré-capitular de África realizada via Zoom entre os dias 1 e 3 de fevereiro. 

“Chegamos à fase do estudo do documento Lineamenta que antecede a elaboração do Instrumentum Laboris para o XIV Capítulo Geral com um documento suficientemente completo que permitiam que as reflexões do Capítulo decidam o melhor para a vida e a missão do Instituto”, disse o Padre Camerlengo.

O Superior Geral reiterou que o caminho sinodal de preparação para o Capítulo Geral foi inspirado pela mensagem do anjo às sete Igrejas no livro do Apocalipse, onde o anjo se dirigiu às comunidades, no início com elogios, depois com reprovações e finalmente com exortações para caminhar melhor.

Dirigindo-se desde Roma aos 27 participantes da Assembleia online, o Padre Camerlengo salientou ainda que, para formular um projeto comunitário concreto, válido e eficiente, os missionários precisavam ter em mente três coisas: uma visão, honestidade e trabalho de equipe.

Citando o livro de Stephen Covey, The Eighth Rule, Padre Camerlengo disse: “Quando as pessoas não têm uma visão, quando negligenciam o desenvolvimento da capacidade criativa da mente, caem presas da tendência humana para a vitimização”.

“Hoje”, disse ele, “não estamos aqui para nos elogiarmos a nós próprios, mas para identificar os desafios e problemas e tentar encontrar orientações concretas que nos ajudem a qualificar a nossa vida e missão”.

O padre citou a pobreza como um dos principais desafios que o Continente africano enfrenta, o qual, segundo ele, deveria ser uma das prioridades para o futuro dos missionários da Consolata. “A escolha dos pobres é uma parte fundamental da nossa consagração à missão e, sobretudo, no nosso tempo, quando os pobres são ainda mais esquecidos e marginalizados”, concluiu ele.

O facilitador da Assembleia durante três dias, o Padre Mathew Ouma, convidou os participantes a tentarem descobrir “onde é que o Espírito nos está a conduzir”.  O Padre Ouma, que já foi Conselheiro Geral para África, disse que hoje há a necessidade de os missionários da Consolata mudarem a sua mentalidade para que possam ser relevantes. “Esta mudança é realizável através da formação de base e permanente”, disse ele acrescentando que a mudança deve começar com “vocês, os participantes desta Assembleia”.

Padre Ouma afirmou que todo o processo do Capítulo está a implorar aos participantes que ouçam o que Deus lhes está a dizer. “O caminho começa por nós”. Somos nós que precisamos de ser convertidos primeiro”, disse ele.

Padre Godfrey Msumange, Conselheiro Geral para África e coordenador da Assembleia no seu discurso de encerramento agradeceu a todos os que participaram de uma forma ou de outra pelo sucesso dos trabalhos acrescentando que esta foi a primeira Assembleia Continental realizada online.

A reunião contou com a participação de todos os membros da Direção Geral em Roma, delegados da África ao Capítulo,  o administrador Geral, reitores dos seminários teológicos e mestres de noviços, um representante dos Irmãos, a Comissão Continental de Pré-capítular, tradutores e o Secretário Geral que cuidou da parte técnica.

* Padre  Daniel Omondi Mkado, IMC, Comunicação África. Publicado no site www.consolataafrica.or

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