Jornada de Oração e Missão será dedicada ao Madagascar, no dia 1º de outubro

A Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que sofre (ACN), convidam a Igreja no Brasil à  Jornada de Oração e Missão dedicada ao Madagascar, no dia 1º de outubro.

O Estado independente localizado na ilha de Madagascar, no sul da África, próximo a Moçambique, sofre a pior seca em quatro décadas. Esta catástrofe devastou comunidades agrícolas isoladas no sul do país, onde as famílias recorrem a insetos para sobreviver.

A ONU estima que 30 mil pessoas estejam atualmente sofrendo o nível cinco de insegurança alimentar – o mais alto reconhecido internacionalmente – e há o temor de que o número de afetados possa aumentar muito quando Madagascar entrar no tradicional “período de escassez” antes da colheita.

O impacto da seca atual também está sendo sentido em cidades maiores do sul de Madagascar, com muitas crianças forçadas a pedir esmolas nas ruas para conseguir comida.

A Jornada de Oração e Missão faz parte de uma série de jornadas desenvolvidas pela Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária  CNBB e ACN que coloca o valor da oração como “agir missionário” e propõe que cada cristão católico dedique um tempo do dia para rezar pelo país. Faça parte desta corrente de oração e nas redes sociais utilize a hashtag #rezepelomadagascar.

Confira, abaixo, o vídeo produzido especialmente para esta jornada.

Missionários da Consolata

Os Missionários da Consolata estão presentes em Madagascar com uma equipe de três padres desde março de 2019, na diocese de Ambanja, a mil quilômetros ao norte da capital.

São responsáveis de uma região chamada Beandrarezona, com 17 comunidades de aproximadamente 20.000 habitantes. Destas, somente oito comunidades têm católicos, com pouco mais de 700 batizados, muitos deles crianças. Um fenômeno é que os pais seguem com suas tradições religiosas próprias, mas não se incomodam de batizar a seus filhos e que eles participem da igreja católica.

Neste momento, os missionários vivem em uma humilde casa numa das comunidades e se dedicam a visitar às famílias e comunidades para conhecer a realidade e romper as barreiras de desconfiança das pessoas do lugar. A evangelização é realizada juntamente com ações nos âmbitos da saúde e educação, pois a população vive sem hospitais e é alta taxa de mortalidade infantil, e as poucas escolas são precárias.

Missionários da Consolata em Beandrarezona, Madagascar. Foto: Arquivo IMC
Conheça um pouco a história do país

A República de Madagascar (Repoblikan’i Madagasikara em malgache; République de Madagascar em francês) é um estado independente localizado na ilha de Madagascar, no sul da África, próximo a Moçambique. Madagascar possui uma área total de 587.041 km², equivalente à área do estado de Minas Gerais e uma população de cerca de 21,3 milhões de habitantes, na grande maioria seguidores de religiões tradicionais (52%), além de 41% de cristãos e 7% de muçulmanos. Sua capital é Antananarivo, e a moeda local é o ariary. As línguas oficiais do país são o malgaxe e o francês.

A população de Madagascar é de origem mista asiática e africana. Pesquisas sugerem que a ilha era desabitada até navegantes vindos da Indonésia chegaram por volta do primeiro século. Migrações posteriores, tanto do Pacífico quanto da África consolidaram esta mistura original, e 18 diferentes grupos tribais surgiram.

A história escrita de Madagascar começa no século VII com os árabes, responsáveis por instalar feitorias ao longo da costa noroeste. O contato europeu começa em 1500, quando o capitão português Diogo Dias avistou a ilha depois que seu navio se separou de uma frota com destino à Índia. Começando na década de 1790, o reino Merina conseguiu estabelecer a hegemonia sobre a maior parte da ilha. Em 1817, o governante merina e o governador britânico de Maurício concluem um tratado de abolição do comércio de escravos, e em troca, a ilha recebeu assistência militar e financeira britânica.

Os britânicos aceitaram a imposição de um protetorado francês sobre Madagáscar em 1885, em troca de eventual controle sobre Zanzibar (atualmente parte da Tanzânia) e como parte de uma definição geral de esferas de influência na área. O controle francês absoluto sobre Madagascar foi estabelecida pela força militar e a monarquia merina foi abolida.

Em 1947, com o prestígio francês em baixa, um levante nacionalista foi suprimido após vários meses de luta violenta. A partir daí, a França adotou uma política de reforma das instituições, pacificação da população e preparou a ilha em direção à independência. Um período de governo provisório terminou com a adoção de uma constituição em 1959 e independência total a 26 de junho de 1960, com Philibert Tsiranana como presidente.

De 1975 a 1993 o tenente da marinha Didier Ratsiraka assume o poder através de um golpe militar, mas, três anos depois, está de volta, governando até 2002, quando, em meio a disputas pelo poder, busca exílio na França. Seu rival, Marc Ravalomanana assume a presidência, mas em 2009 é obrigado a entregar o cargo aos militares. Atualmente, continua a indecisão sobre o futuro do país, mergulhado em uma disputa política envolvendo grupos políticos rivais e as forças militares.

Fonte: CNBB

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