A data foi instituída pelo Papa Francisco ao final do Jubileu Extraordinário da Misericórdia para ser celebrada sempre no XXXIII Domingo do Tempo Comum. Neste domingo (15), portanto, o Papa Francisco preside a missa direto da Basílica de São Pedro.
Por Andressa Collet e Adriana Masotti
Para a cerimônia, e respeitando as medidas de segurança impostas pelas autoridades sanitárias devido ao agravamento da pandemia de Covid-19, 100 pessoas se farão presentes para representar os pobres do mundo inteiro. Começa às 10h na Itália, 6h no Horário de Brasília, com comentários em português.
O Papa Francisco lançou um tuíte na sua conta oficial em português neste sábado (14), véspera de Dia Mundial dos Pobres. Diz a mensagem: “a bênção do Senhor desce sobre nós e a oração alcança o seu objetivo, quando elas são acompanhadas pelo serviço dos pobres”. A reflexão do Pontífice foi extraída da mensagem divulgada para a data que tem como tema “Estende a tua mão ao pobre” (Sir 7,32) e ainda afirma:
“Nestes meses, em que o mundo inteiro foi dominado por um vírus que trouxe dor e morte, desconforto e perplexidade, pudemos ver tantas mãos estendidas!”
Dia Mundial dos Pobres durante a pandemia
De fato, o Dia Mundial dos Pobres deste ano, na sua quarta edição, será celebrado neste domingo (15) mas de uma maneira diversa em relação aos outros anos, devido à Covid-19. O Papa Francisco vai presidir a missa direto da Basílica de São Pedro, com transmissão ao vivo do Vatican News às 10h na Itália, 6h no Horário de Brasília, com comentários em português. Para a cerimônia, e respeitando as medidas de segurança impostas pelas autoridades sanitárias devido ao agravamento da pandemia de Covid-19, 100 pessoas se farão presentes para representar os pobres do mundo inteiro.
A pandemia, porém, não impede a caridade do Papa: de fato, para a ocasião, foi criada uma rede de solidariedade para levar alimentos, máscaras de proteção e apoio a milhares de famílias em cerca de 60 paróquias de Roma e instituições de caridade. Além disso, no ambulatório administrado pela Esmolaria Apostólica na Praça São Pedro, pessoas carentes podem fazer o teste para a Covid-19.
Uma história de caridade e beleza
Todo ano, o Dia Mundial dos Pobres, procura ajudar as comunidades a refletir sobre como a pobreza está no coração do Evangelho, disse o Papa, ao instituir a data ao final do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Na primeira edição, em 2017, cerca de 40 mil indigentes provenientes de Roma e de toda a região do Lazio, além de diversas dioceses do mundo, participaram da missa na Basílica de São Pedro. Ao final, 1500 deles participaram do almoço com o Papa na Sala Paulo VI.
Na segunda edição, em 2018, Francisco presidiu a missa e voltou a almoçar com os pobres. Contemporaneamente, em muitas paróquias, centros de voluntariado e escolas o almoço também foi oferecido aos mais necessitados. Era uma resposta ao convite do Papa feito na mensagem daquele ano, quando pedia para “dar um sinal de proximidade” aos carentes através de ações concretas de solidariedade.
Já no ano passado, na terceira edição, uma plateia de 7 mil indigentes participou de um concerto no Vaticano. Segundo o próprio Papa Francisco, um concerto para semear alegria: “a semente vai permanecer na alma de todos e fará muito bem a todos”, disse Francisco por ocasião da primeira edição do ‘Concerto para e com os pobres’, de maio de 2015.
Para o Papa, de fato, os pobres têm direito não somente às necessidades básicas, mas também à harmonia e beleza como pode ser, precisamente, ouvir o som de uma orquestra, assistir a um espetáculo de circo ou fazer uma viagem para ver o mar. Todas essas iniciativas nas quais, nos últimos anos, muitos pessoas carentes puderam participar graças ao próprio Papa Francisco que ajudou a redescobrir uma nova dignidade.
Fonte: Vatican News