
Com o tema “Migração e Saberes” e o lema, “Escuta com sabedoria e fala com a prática”, esta semana, de 12 a 19, acontece a 37ª Semana do Migrante promovida pelo Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM) e por um conjunto de organizações brasileiras.
O bispo da diocese de Pesqueira (PE) e presidente do SPM, dom José Luiz Ferreira Salles, destacou que o tema e o lema da Semana do Migrante estão em sintonia com a Campanha da Fraternidade deste ano, cujo tema foi “Fraternidade e Educação” e o lema: “Fala com sabedoria, ensina com amor” e com o processo sinodal e com o magistério do Papa Francisco que vem reafirmando a importância da escuta como um método pastoral.
De acordo com ele, o Santo Padre apresenta e traz para o centro do debate a causa migratória, que, neste momento, com a pandemia, se torna cada vez mais aguda. “Nos 20 pontos para um pacto global sobre migração e refúgio, o Papa Francisco nas suas propostas acerca dos 20 pontos para uma migração segura e integral, nos provoca a buscar uma aprendizagem que leve a construção coletiva de uma sociedade que seja cada vez mais inclusiva”, enalteceu.
Missa com migrantes venezuelanos e haitianos

Na Arquidiocese de Manaus, a abertura da 37ª Semana do Migrante foi realizada com uma missa na catedral Nossa Senhora da Imaculada Conceição (foto acima), celebrada em espanhol e creola, com uma destacada presença de migrantes de diferentes países, sobretudo venezuelanos e haitianos, dois dos grupos mais numerosos entre os migrantes que moram na capital do Amazonas.
A celebração, onde os migrantes participaram dos diferentes momentos da liturgia, nos cantos, nas leituras, no ofertório, foi coordenada pela Pastoral do Migrante da Arquidiocese de Manaus e presidida pelo padre Júlio Caldeira, IMC. Na homilia, ele refletiu sobre a realidade da vida dos migrantes, tanto aqueles que migram dentro do próprio país como para outros países. Saiba mais aqui.
Conheça os subsídios da 37ª Semana do Migrante

A organização da 37ª Semana do Migrante disponibilizou um texto-base, subsídio com oito páginas, com aprofundamento sobre a escuta como caminho para a ação pastoral libertadora, ecoando que a sabedoria emerge da escuta e que o poder de fala só é legítimo quando acompanhado da prática.
“Os migrantes seguem em frente, em seu vai e vem de esperança, participantes invisibilizados no massacrante cotidiano que os exclui de uma vida de direitos. É o desafio de ser expectador e protagonista do processo histórico em construção. Suas histórias de vida, seus sonhos e suas lutas nos ajudam a perceber que o fenômeno migratório resulta, também, da exclusão social, da falta de perspectivas, da miséria de muitos provocada pela acumulação e pela riqueza de poucos”, defende um trecho do texto.
Baixe aqui: Texto-Base
Rodas de Conversa
Outro subsídio oferecido pela organização da Semana destina-se à realização de duas rodas de conversa e um encontro celebrativo para refletir sobre os temas: 1º encontro – A vida é uma escola – Migrantes vão à luta!; 2º encontro – Escutar a mãe terra com sabedoria – migrantes cuidando da casa comum; e 3º encontro – Culturas diferentes alargam o horizonte (celebração). Baixe aqui: Rodas de Conversa
Celebração Ecumênica para o Dia do Migrante
Também foi disponibilizado um roteiro para a celebração ecumênica para o Dia Nacional do Migrante, dia 14 de junho. O roteiro se inspira no objetivo da Semana do Migrante de fortalecer a troca de saberes, a interação e um encontro das culturas para a vivência compartilhada do bem comum.
Baixe aqui: Roteiro para Celebração Dia do Migrante
Baixe aqui: Cartaz
Baixe aqui: Oração
Fonte: CNBB